Na segunda-feira (20) ocorreu um fato surpreendente no Parque Nacional da Serra da Canastra: uma anta foi avistada no local, conforme mostra a foto de capa desta matéria.
A anta, cujo nome científico é tapirus terrestres é um animal que, segundo a deliberação normativa nº 147/2010 do COPAM, é declarada como uma espécie vulnerável e, em nossa região, é dada como extinta. Segundo informações este foi o único avistamento em mais de 80 anos no parque.
A foto foi capturada nas proximidades da Portaria 2 do Parque Nacional da Serra da Canastra, nas proximidades do Distrito de São João Batista da Canastra.
O nome científico da Anta, tapirus terrestris, serviu de inspiração para a escolha do nome da principal cachoeira do parque, a exuberante Casca D’Anta.
Também O topônimo, Tapira, originou-se de Tapir (Anta), palavra de origem indígena, animal outrora existente em grande quantidade na região, mas que acabou sendo dizimado no local há décadas por força da caça predatória.
Foi esse animal que inspirou desde o início a nomenclatura do município de Tapira, como relatado no Livro 'História de Tapira', escrito por Waldomiro Rosa de Oliveira: "Com a frequência das pessoas pela prática religiosa do terço, novos moradores começaram a aparecer pela fertilidade das terras em volta, comprovada pela beleza das lavouras existentes, iniciando, assim, o povoamento da localidade Antas (Zanta, como era chamada na linguagem vulgar da época)".
Em outra passagem, do mesmo livro, o autor conta que "o nome Antas, está documentado em escrituras de compra e venda de imóveis, onde se lê na descrição das divisas de propriedades rurais, margeando a estrada das Antas".
Embora não se tenha notícia acerca da origem do animal registrado na Portaria 2 do Parque Nacional da Serra da Canastra, nas proximidades do Distrito de São João Batista da Canastra, se cria uma esperança de que, quem sabe, algum dia, a anta volte a povoar Tapira.
Foto e informações: Willian Guia Serra da Canastra (Tirulipa).