Galbula ruficauda é uma ave galbuliforme que pertence à família Galbulidae, é conhecida popularmente por diversos nomes, que podem variar de acordo com a região, ariramba-de-cauda-castanha, beija-flor-d'água, beija-flor-da-mata-virgem, bico-de-agulha-de-rabo-vermelho, fura-barreira (PE), entre outros.
Sua coloração e formato de bico, se assemelha bastante as características da família Trochilidae (Beija-flores), mas são aves de famílias diferente, que apresentam outras diferenças significativas, especialmente as dietas, enquanto os beija-flores se alimentam basicamente de néctar, as Arirambas tem dieta preferencialmente composta de insetos.
Vive em casais o ano inteiro, construindo ninhos em formato de galerias estreitas e compridas nas barrancas de rios, em cupinzeiros nas árvores ou nos torrões de terra presos nas raízes de grandes árvores tombadas, onde os ovos são colocados, após o nascimento, os filhotes são alimentados pelos pais por algumas semanas após saírem dos ninhos. Na base da entrada da galeria, é possível ver as pequenas depressões laterais feitas pelos pés das aves chegando e partindo. Macho e fêmea chocam até quatro ovos por ninhada.
Pousa em galhos e cipós expostos, de 1 a 4 metros de altura. Esses poleiros são usados seguidamente como pontos de espreita das presas e locais de alimentação. São aves relativamente tranquilas, não se assustando facilmente com a presença de eventuais observadores, fato que facilita a observação de seu comportamento, hábitos alimentares e realização de registros fotográficos.
Além das cores e hábitos, outra característica especial dessa espécie é o canto. O chamado mais frequente é como uma risada aguda, iniciando-se espaçadamente e acelerando no final, ficando cada vez mais aguda. Um membro do casal responde ao outro seguidamente. Pelo timbre, imagina-se que seja uma ave menor produzindo-o. Ativa durante todo o dia, mesmo nas horas mais quentes, é sempre inesquecível vê-la sob a luz forte do sol. A ave pode ser encontrada em toda a extensão do município de Tapira e é considerada de fácil observação, não se mostrando arisca diante da aproximação humana.
Foto e texto do biólogo Adilson Oliveira.