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Tapira Teen - A Revista Digital de Tapira
Publicado em: 13/05/2022
História da mineração em Tapira: um enredo iniciado com as pesquisas minerais ainda nos anos 50
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A revista Minérios e Minerales publicou em 2014 uma reportagem sobre a história da mineração de fosfato em Tapira. Considerada como uma das mais complexas no contexto nacional, composição mineralógica em Tapira demandou o desenvolvimento de processo pioneiro. Acompanhe:

A história da unidade tem início nos anos 1950, quando as buscas por minerais alcalinos, em especial o titânio, foram conduzidas por Iphigênio Coelho e Benedito de Paula Alves e confirmadas em 1968 por sondagens realizadas pela Geosol, contratada pelo DNPM. No ano seguinte foi dado o início da pesquisa geológica de detalhe, pesquisando-se o minério de titânio, que se descobriu estar na parte superior, o fosfato, na inferior e, na intermediária, havia ainda uma zona de mistura com teores de 10% a 14% de P2O5 e de 25% a 35% de TiO2.

Para captar recursos, foi criado a Titânio Internacional (Titansa) com a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), que em 1971 passou a se chamar Rio Doce Titânio.

Com a primeira crise mundial do petróleo em 1973, o fosfato, presente desde o começo das pesquisas, mas deixado de lado, teve o preço elevado em 150 %, passando de US$ 40/t para US$ 100/t, o que tornou impossível a importação de concentrado fosfático, viabilizando a exploração da reserva em Tapira, que até então não era suficientemente detalhada uma vez que as sondagens ocorriam apenas até o nível dos minerais de titânio e da zona de mistura.

Tendo em vista a determinação do governo federal em 1973 para que a CVRD desenvolvesse as pesquisas para o fosfato, no ano seguinte, foi criada a Valep, com 99,5% das ações da empresa detidas pela Vale do Rio Doce, intensificando as pesquisas minerais e priorizando a implantação do projeto de aproveitamento dos fosfatos.

Nessa fase o professor Paulo Abib, contratado pela mineradora, viabilizou o processo de separação do fosfato obtendo-se o concentrado por flotação similar ao desenvolvido para a mina Jacupiranga da Serrana Mineração, embora o minério tivesse características diferentes. Abib aprimorou para Tapira um processo no qual aplicava amido de milho, que deprimia os minerais de ganga, e com ácido graxo e outros reagentes fazia com que o fosfato flutuasse.

No final de 1974, foi criada a Mineração Vale do Paraíba, que sucedeu a Titansa e já tinha a visão de aproveitar tanto o titânio, quanto o fosfato, a vermiculita e o nióbio e os trabalhos de lavra começaram no ano seguinte. Já em 1977, foi iniciada a fase de implantação da usina de concentração e no ano seguinte as operações na unidade, com capacidade para produção de 900 mil t/ano de concentrado fosfático, aumentada somente em 1986 para 1,56 milhão t/ano, devido a um investimento de US$ 70 milhões.

Através do Programa Federal de Desestatização, em 1992, houve a privatização da Fosfértil e o controle acionário foi adquirido pelo consórcio Fertifós, formado por empresas brasileiras do setor de fertilizantes.

A primeira década do século 21 começou com o novo projeto de beneficiamento dos finos com produção de 80.000 t/ano de concentrado fosfático ultrafino em 2001. O ano de 2006 ficou marcado na história da mineradora pela ampliação da usina de beneficiamento, que passou à capacidade produtiva de 1.930.000 t/ano de concentrado fosfático convencional e de 100.000 t/ano de ultrafino, quando, em 2010, a Vale adquiriu a participação da Bunge Participações e Investimentos (BPI) na Fosfértil, que passou a se chamar Vale Fertilizantes.

A atividade mineradora contribui para a melhoria da qualidade de vida e desenvolvimento socioeconômico das comunidades através da geração de empregos, pagamento de impostos, compra de produtos e serviços locais, além do fomento à atração de novos negócios e da promoção de parcerias nas áreas de educação, saúde e meio ambiente, sendo responsável ao todo por cerca de 1.620 empregos diretos em Tapira (MG). É o caso de Sebastião Eduardo de Rezende, assistente Técnico Operacional e há 32 anos na empresa. “Entrei como estagiário na Valep em 1979, aliás, o primeiro estagiário. Passei por diversas mudanças de função, mas sempre trabalhando na planta piloto, mais precisamente com desenvolvimento e pesquisa. A área de trabalho de Pesquisa e Desenvolvimento foi a que mais ofereceu oportunidades e hoje temos desde técnicos, supervisores, gerentes, diretores e até presidente de grandes empresas que foram nossos estagiários. Sinto orgulho ao saber que do efetivo da unidade de Tapira, cerca de 520 empregados, mais de 120 passaram pela planta piloto/laboratório, treinados por nós, e hoje ocupam cargos de destaques na empresa”, termina Rezende.

Após alguns anos sob o comando da Vale, o Complexo de Mineração de Tapira foi adquirido pela norte-americana Mosaic no final de 2016 e, em 2017, teve sua compra efetivada pelo CADE.

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