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Tapira Teen - A Revista Digital de Tapira
Publicado em: 08/10/2020
Fauna Tapirense: Quati
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Quati (Nasua nasua) é um mamífero pequeno carnívoro que pertence à família Procyonidae. Pesa em torno de 3,5 a 6 quilos. O macho da espécie é um pouco maior, se comparado à parceira.

O nome quati vem do tupiguarani e quer dizer "aquele que coloca o focinho em buracos, fuçador", referindo-se ao hábito da espécie de fuçar em fendas e buracos com seu focinho móvel.

A coloração do animal pode ser alaranjada, avermelhada para marrom escuro ou acinzentada, sobrepondo-se com o amarelo. Essas variações na coloração da pelagem são encontradas ao longo de toda a sua área de distribuição. A cauda apresenta anéis de coloração mais clara que o resto de sua pelagem (Gompper & Decker, 1998). Os membros anteriores são menores do que os posteriores, e as extremidades das patas são escuras com garras bem desenvolvidas.

Os quatis são animais de hábitos diurnos e semi-arborícolas. A espécie que ocorre no Brasil possui uma organização social similar à dos quatis de focinho branco e podem viver em bandos de até 30 indivíduos (Gompper & Decker, 1998) que compreendem fêmeas adultas (acima de dois anos) e indivíduos jovens de ambos os sexos. Os machos adultos (a partir dos dois anos), popularmente chamados de "quati-mundéo", são solitários e só se juntam ao bando na época de acasalamento, que dura pouco menos de um mês. Durante a estação de nascimento as fêmeas se separam e cada uma utiliza um ninho diferente. Este fica no alto das árvores e é feito de um emaranhado de galhos e folhas. O período de gestação é de 10 a 11 semanas, nascendo de 2 a 7 filhotes.

A dieta dos quatis inclui principalmente insetos e suas larvas, além de outros artrópodes. Esta dieta ainda abrange o consumo de uma grande variedade de frutos, bromélias e consumo eventual de pequenos vertebrados. Porém, já foi constatado o consumo de mamíferos como macaco-prego (Cebus nigritus), veado (Mazama nana), paca (Cuniculus paca) e ratão-do-banhado (Myocastor coypusAlves-Costa ), sugerindo o seu grande potencial de predação (Rocha-Mendes, 2005). Também há registros de uma dieta necrófaga (Gompper &Decker, 1998). Os quatis podem ser considerados como dispersores de sementes por consumir frutos e defecar as sementes intactas. Em áreas de utilização antrópica são freqüentemente observados se alimentando de lixo.

As vocalizações são variadas (Rocha & Sekiama, 2006). Segundo Nakano-Oliveira (2002), em região de Floresta Estacional Semidecidual secundária, a área de vida mínima de um macho e uma fêmea de quati seria de 4,9 e 6,3 Km2, respectivamente.

Apesar de ser considerada uma espécie amplamente distribuída e relativamente comum no Brasil, é classificada como vulnerável no estado do Rio Grande do Sul. O desmatamento e a conseqüente fragmentação de florestas pode ser o principal fator de ameaça à espécie neste local, aliado ao atropelamento e à caça. No entanto, no Parque das Mangabeiras, em Belo Horizonte, a fragmentação parece estar contribuindo para o aumento da densidade de quatis. Isto aliado à ausência de predadores e à grande oferta de alimento.

Fonte: Projeto Quatis.

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