O leite é uma das marcas registradas da economia e da cultura mineira. Em Tapira, como boa cidade do interior de Minas Gerais, o panorama não é diferente.
Segundo o censo de 2010 do IBGE cerca de 1/3 da população tapirense residia na zona rural, o que demonstra a importância do campo no potencial da economia tapirense.
Como a maioria das propriedades rurais é baseada na produção leiteira Tapira tem nesse produto um de seus principais vetores econômicos. A atividade leiteira ainda desencadeia a produção de grãos para a ensilagem e o consequente incremento da economia em torno do agronegócio.
Segundo a EMATER-MG, Minas Gerais é a principal bacia leiteira do Brasil, sendo responsável por 26,7% da produção nacional. Desse montante, 7,1 bilhões de litros são produzidos pela agricultura familiar, que representam quase 70% dos produtores de leite no estado de Minas Gerais. E é nessa categoria que se encaixa a maioria esmagadora dos pecuaristas tapirenses.
Dados da Secretaria Municipal de Agricultura apontam para uma produção diária de 150 mil litros de leite por dia no município, o que demonstra bem a pujança da atividade no contexto da economia local.
Em Tapira, além do acesso às linhas de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), o produtor rural ainda conta com o Programa Rural Tap, que é baseado no fomento agropecuário destes mesmos agricultores familiares e que se ramifica em estratégias de custeio, investimento e melhoramento genético.
Vale ressaltar ainda que, além da produção leiteira, Tapira também é conhecida pelos saborosíssimos queijos que produz, fruto de um clima todo peculiar e da existência de pastagens nativas, fato cada vez mais raro país afora.
Em um contexto cada vez mais dependente da mineração fica evidente a vocação singular da agricultura familiar como mola propulsora da economia tapirense.