A tapirense Maria Flávia Borges da Silva, que cursa o VIII Período de Engenharia Ambiental e Sanitária no UNIARAXÁ, apresentou na última semana, em Brasília, um trabalho no XXI Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos.
O tema abordado foi a "Saúde Ambiental da Microbacia do Córrego das Antas em Tapira-MG" e a aluna encontrou em sua pesquisa dados de extrema relevância para o município.
Segundo a estudante, pelos resultados das amostragens coletadas durante a pesquisa, pode-se considerar que as águas do Córrego das Antas não atendem à Resolução CONAMA 357 (2005) para rios de classe 2, para algumas variáveis. De acordo com a CETESB, os valores de outra variável indicam córrego impactado.
"Quando pensei em realizar esse trabalho pretendia mostrar a verdadeira situação do Córrego das Antas para a sociedade tapirense, pois não é apenas a questão de qualidade de água e o lançamento de efluente líquido in natura no corpo hídrico há também a relação com doenças por veiculação hídrica humana e também em animais que usam dessa água mais a jusante do córrego para dessedentação, com casos já confirmados inclusive de mortes" - explicou Maria Flávia.
Para finalizar o trabalho, Maria Flávia sugeriu, diante dos dados levantados, a coleta e tratamento de esgotos, coleta e disposição adequada dos resíduos sólidos e drenagem pluvial urbana, além de esforços com a finalidade de se formar uma consciência ambientalista por parte das gerações atuais a fim de se evitar o estresse máximo do sistema hídrico, cuja efetivação está prevista para um futuro muito próximo.
Cabe ressaltar que há algum tempo a Prefeitura de Tapira tem buscado captar, junto à FUNASA, recursos para o tratamento do esgoto lançado no Córrego Antas e em seus afluentes.