Oito cidades do Alto Paranaíba discutiram nesta sexta-feira (24), em Araxá, a criação de um consórcio intermunicipal para destinação dos resíduos sólidos urbanos. Entre as cidades interessadas em resolver os problemas dos lixões está Ibiá, que atualmente produz cerca de 15 toneladas de lixo por dia.
A Prefeitura firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público para acabar com o lixão até o dia 10 de fevereiro. Mas segundo o prefeito Hélio Silveira (PP), o município não tem recursos para a instalação de um aterro sanitário. "Não temos capacidade de endividamento para fazer um financiamento e assim conseguir esse aterro sanitário", informou.
Todos os resíduos produzidos pelos 27 mil habitantes vão parar no lixão da cidade, que funciona há 35 anos. "É um impacto ambiental muito grande e temos esse prazo quase vencendo. Então temos que resolver esse problema do lixão o mais rápido possível", disse o secretário de Meio Ambiente, Natal Iposh Suga.
Por lei, os municípios têm até o fim deste ano para acabar com os lixões. Por isso, essa destinação dos resíduos começa a ser discutida regionalmente. No encontro, que reuniu os representantes das oito cidades, foi debatida a atuação de um consórcio intermunicipal na área. "Os municípios nesse consórcio teriam acesso a um aterro sanitário, cuja função seria fazer a disposição desses resíduos de forma correta", explicou o engenheiro ambiental Josué Meystre.
A parceria firmada seria semelhante à que já existe entre Araxáe Tapira. "Foi uma parceria muito importante e que tem funcionado muito bem. Com esse consórcio ficará ainda melhor", comentou o Secretário de Meio Ambiente de Tapira, Célio Sebastião de Souza.
Com a utilização do aterro, a intenção é de que seja construída em Araxá uma usina de reciclagem. "Esse consórcio é uma solução que as cidades têm adotado para unir forças e resolver problemas em comum, nesse caso o dos lixões. Ganhamos em tecnologia e em processamento", acrescentou o presidente do Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável de Araxá (IPDSA), Carlos Delfino.
Fonte: CBN.