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Tapira Teen - A Revista Digital de Tapira
Publicado em: 16/06/2010
Crônica da estréia brasileira na Copa do Mundo
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Muito se esperava e se espera de uma seleção que ganhou quase tudo nos últimos anos, mas o que se viu na tímida estréia contra a Coréia do Norte foi uma equipe sem muita articulação e com pouca vontade de ganhar. O brasileiro é um povo cujos costumes não valorizam a vitória sem brilho, e muito menos os lugares menos honrosos do que o primeiro. É certo que Dunga, lá em 2006, depois daquela seleção sem vida que defendeu tão mal o país na copa daquele ano, conseguiu mudar o foco do trabalho na seleção, mudou o perfil dos selecionáveis. Naqueles tempos a habilidade era privilegiada em detrimento ao profissionalismo, hoje em dia o profissionalismo e a entrega foram colocados adiante das demais características. Penso que um jogador para defender o selecionado brasileiro deve mesmo ter a mística da camisa amarela impregnada dentro de si, deve se sentir honrado em vestir um manto que já agasalhou heróis nacionais. Mas também penso que às vezes seja necessária um pouco da ginga e da molecagem que são nossas características principais. Ontem, um time que pode ser considerado amador conseguiu segurar nossos profissionais da bola. Nossa seleção parecia inerte aquela cortina colocada entre a bola e o gol norte coreano, não conseguia nem ao menos puxar um pedacinho dela para espiar as redes adversárias. Foi necessário que o lateral Maicon, num lance que nasceu primeiro da sua fantástica força física, alcançasse praticamente a linha de fundo, e depois batesse aproveitando-se das peripécias da Jabulani (bola oficial da copa) para encontrar as redes norte coreanas, num momento de decisão precipitada do goleiro adversário. Elano, que já havia dado o passe para o primeiro gol, conseguiu completar ainda, de forma magistral (no melhor estilo Bebeto), uma linda enfiada de bola de Robinho. Mas logo depois o sistema defensivo falhou e a Coréia do Norte descontou. Os 2x1 foram importantes pelos 3 pontos somados, mas havia a necessidade de uma maior imposição de jogo, de um maior ímpeto ofensivo, de uma criatividade mais aflorada, de uma pitada de inspiração. Jogos mais difíceis virão: Costa do Marfin pode ser uma prova de fogo, com seus bem postados e viris defensores; Portugal pode ser impetuoso com um Cristiano Ronaldo em dia de muita inspiração. É necessário que se repense e se reprograme, que se crie alternativas e que se abra a mente para a chegada da criatividade. Kaká e Luís Fabiano jogaram 30% do que podem, precisam melhorar e o país espera que o façam. Dunga precisa exercitar sua mente para suprir a falta dos jogadores criativos que não quis convocar (ah que falta fazem Ronaldinho Gaúcho, Neymar, Ganso...). Nós precisamos de muita paciência...

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