Resgatar a cultura de um povo é mergulhar nos átrios de sua história e com precisão cirúrgica transformar os manuscritos do tempo em linhas bem desenhadas capazes de marcar todo um povo através da paixão pelo que realmente o identifica. Os alunos do 5º ao 9º ano da Escola Munipal Alvina Alves de Rezende começaram a plantar a sementinha de quem deseja fazer isso. Capitaneados pela Professora Arlene Maria ernandes, eles montaram uma mostra sobre a história da cidade. Em seus achados, constava que a senhora que empresta seu nome à escola onde eles estudam era dona de uma pensão e que foi esposa de Egídio Ribeiro de Resende, irmão de Cristino Ribeiro de Resende – dois dos grandes responsáveis pela emancipação política de Tapira, e que hoje também emprestam seus nomes para duas das ruas mais importantes da cidade (uma onde está localizada a Câmara e, a outra, onde se situa a Prefeitura). Os jovens pesquisadores também levantaram os acontecimentos políticos da cidade, entrevistando ex-prefeitos e buscando deles fatos marcantes. Segundo os garotos, o Sr. Divino Assunção e Souza apontou como grande legado deixado pelo seu governo a implantação da energia elétrica e a compra de uma motoniveladora; Dona Elza relatou que a implantação do 1º grau e do 2º Grau e a construção do primeiro posto de saúde foram as marcas registradas dos mandatos de seu falecido marido, Sr. Geraldo Gomes de Menezes; Jairo Salerno destacou seu trabalho social, com ênfase na educação e saúde; o Sr. Lavater Pontes elegeu o asfaltamento da rodovia que liga Tapira a Fosferti como seu principal feito; Manoel Messias enfatizou a melhoria da arrecadação do Município, a construção da Escola Municipal Alvina Alves de Resende e a reforma do CETAP; Jeremias Raimundo Venâncio destacou a implantação da internet banda larga gratuita e; Lavater Pontes Júnior disse que as marcas de seu governo até agora foram a modernização do Parque de Exposições e a reforma que pretende transformar o CETAP em Vila Olímpica – além da reconstrução e ampliação do prédio da prefeitura e da reforma do centro de saúde, que em breve estarão prontos. Fotos de pessoas antigas também foram expostas, assim como histórias que o povo conta. Uma delas relata que durante a festa de São Sebastião as pessoas se reuniam em plena praça pública, ascendiam fogueiras e erguiam palanques para leilões. Outra narra que haviam três bicas nas ruas da cidade para que as pessoas pegassem água e que a maioria das mulheres lavavam suas roupas nos córregos. Tempos antigos marcados por muita nostalgia e que o Tapira Teen espera que nunca sejam esquecidos, mas sim lembrados e divulgados para a manutenção de nossa identidade.