O ano de 2018 não vai deixar nenhuma saudade no tocante ao fôlego financeiro das administrações públicas municipais pelo interior de Minas Gerais.
Com diversos repasses entregues a menor aos municípios, o Estado de Minas Gerais asfixiou as Prefeituras e fez com que, em diversas cidades, até mesmo serviços básicos como escolas, hospitais e coleta de lixo tivessem o seu funcionamento descontinuado ou comprometido.
Sem contar é claro com uma novidade implantada junto ao funcionalismo público do Estado (novidade esta nefasta), com professores e demais servidores tendo seus salários pagos de forma escalonada e o 13º salário de 2018 sem previsão de pagamento.
Segundo dados da AMM - Associação Mineira de Municípios - a dívida do Estado de Minas Geais com os municípios era da ordem de R$ 11,4 bilhões até o dia 19 de dezembro. No caso de Tapira, a dívida é da ordem de R$ 3.702.901,65, com dados atualizados até o dia 27 de dezembro.
Esse valor corresponde à praticamente 10% da previsão de arrecadação do município de acordo com o Orçamento Fiscal de 2018, que era da ordem de R$ 38 bilhões. Se esse valor que não foi repassado (R$ 3.702.901,65) for convertido na expectativa mensal de arrecadação, seria como se Tapira não tivesse recebido pelo menos o valor correspondente a um mês, ou seja, ao invés de receber 12 meses teria recebido menos do que 11 meses de arrecadação.
Em seu discurso de posse, O Governador Romeu Zema, já deixou claro que as mudanças deverão começar imediatamente e que a austeridade e a modernização do Estado serão cruciais para que os servidores e Prefeituras mineiras passem a receber em dia.
"Passaremos por tempos difíceis, em que reformas administrativas e fiscais terão de ser levadas adiante, para que os servidores possam receber os seus salários conforme determina a lei, o mais tardar até o 5º dia útil do mês seguinte. Para que as prefeituras possam voltar a receber os valores que têm por direito, e para que possamos ter condições de investir no que deve ser as prioridades do Estado, que são: segurança, saúde, educação e infraestrutura", concluiu.