A dívida do Estado de Minas Gerais com os municípios tem sido abordada de forma recorrente neste ano, mas quando o final do ano chega e a necessidade de se cumprir obrigações básicas como a quitação das folhas de pagamento e do 13º salário do funcionalismo público a situação fica ainda mais complicada.
Estado a fora a situação da maioria dos municípios está bastante complicada, colocando em cheque o pagamento dos salários dos servidores e a execução de serviços básicos prestados à população, uma vez que o atraso nos repasses tem deixado as prefeituras literalmente de "pires na mão".
Segundo dados do portal da Associação Mineira de Municípios - AMM -, que atualiza diariamente o valor da dívida, o estado de Minas Gerais deixou de repassar até esta quarta-feira (17) a quantia de R$ 1.951.042,32 se somados os atrasos nas transferências do ICMS, FUNDEB, Transporte Escolar, Piso Mineiro de Assistência Social e até mesmo Saúde, além dos juros e correções incidentes.
A Prefeita Liliane Machado Costa Venâncio se mostrou bastante preocupada com o assunto e externou toda a sua indignação com a atual conjuntura dos fatos.
"O sentimento agora é de pura indignação com a falta de responsabilidade deste atual governo do Estado, que já está findando e deixando uma herança de desrespeito com os municípios. A dívida do governo estadual com os municípios só aumenta, vejo municípios em situações de calamidade. Isso é sinal de que o governo perdeu totalmente o respeito com o povo. Ontem em Belo Horizonte, em conversa com a diretoria da AMM, ouvi essas palavras: "a luz vermelha acendeu"! O que será dos servidores, fornecedores, dos atendimentos primordiais que os municípios prestam se os repasses não chegarem? Deus nos ajude! Estamos lutando, mas precisamos de respeito, conosco e principalmente com o nosso povo" - desabafou a Prefeita Liliane Venâncio.
Segundo o portal da AMM, um levantamento realizado pela entidade revela que 24% dos municípios mineiros já estão com salários dos professores atrasados e 56% não têm previsão sobre pagamento do 13º salário e o principal motivo é o atraso nos repasses do Governo do Estado de Minas Gerais.
