A identificação digital, através do sistema biométrico, foi lenta e gerou filas durante a votação neste domingo (5) em Tapira. A cidade, que tem 3.753 eleitores, foi a única do Alto Paranaíba mineiro que implantou a biometria. De acordo com o supervisor da eleição da cidade, Erico Feres, o sistema tem que captar e reconhecer a digital do eleitor, mas após oito tentativas frustradas, o mesário tem o poder legal de registrar a identidade e habilitar o eleitor a votar.
Segundo ele, o processo de votação foi calmo, porém com atrasos. "A cidade tem muita gente que trabalha em zona rural e que tem as mãos calejadas de trabalho e o sistema é muito sensível. Esta é a primeira vez e acredito que nas próximas eleições o processo ocorrerá de maneira mais ágil", disse Erico.
O Padre Alvimar Santana Bhering não conseguiu ter a digital identificada pelo sistema. "Após oito tentativas não reconheceu. O processo foi demorado não só para mim, mas para todos que estavam esperando na fila", disse.
Porém, na mesma sessão, o auxiliar de laboratório, Raul Pereira Borges, precisou de uma tentativa para ter a digital reconhecida. "Eu tive que esperar muito na fila, mas eu não tive problemas com o sistema. Acredito que a biometria ainda precisa ser melhorada", afirmou.
O tratorista, Edvaldo José Norberto, conseguiu votar depois da quarta vez que colocou o dedo no identificador. "O sistema veio para ficar rápido, mas não foi. Eu fiquei cerca de trinta minutos na fila esperando para votar e ainda tentei diversas vezes ter minha digital reconhecida", comentou.
Fonte: G1