"Agora, diz o Senhor, voltai para mim com todo o vosso coração, com jejuns lágrimas e gemidos; rasgai o coração, e não as vestes; e voltai para o Senhor, vosso Deus; Ele é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia, inclinado a perdoar o castigo...". Foi nestes termos que a missa da Quarta-Feira de Cinzas, celebrada na Igreja Matriz de São Sebastião já com a cor litúrgica roxa simbolizando penitência, abriu oficialmente a quaresma na cidade de Tapira e convidou todos a viverem este tempo de conversão. A palavra Quaresma vem do latim quadragésima e é utilizada para designar o período de quarenta dias que antecedem a festa ápice do cristianismo: a ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no famoso Domingo de Páscoa. Essencialmente, o período é um retiro espiritual voltado à reflexão, onde os cristãos se recolhem em oração e penitência para preparar o espírito para a acolhida do Cristo Vivo, Ressuscitado no Domingo de Páscoa. Assim, retomando questões espirituais, o cristão está renascendo, como Cristo. O Papa Bento XVI, durante a missa de Cinzas que celebrou na Basílica de Santa Sabina All’Aventino em Roma disse que "a Quaresma não é um tempo de tristeza, mas um dom precioso de Deus; é um tempo forte repleto de profundos significados no caminho da Igreja, no itinerário da Páscoa do Senhor". Já o Pe. Sérgio Márcio de Oliveira pediu que os fiéis utilizassem este período para refletir verdadeiramente as suas vidas e as áreas que necessitam de conversão, para que, depois de uma quaresma santa, possam colher os frutos de conversão na Páscoa.