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Tapira Teen - A Revista Digital de Tapira
Publicado em: 14/02/2011
Ronaldo anuncia o fim de sua carreira
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Me recordo como se fosse hoje a estréia de dois meninos franzinos, em um jogo entre Corinthians e Cruzeiro, pelo Campeonato Brasileiro de 1993. Pelo Corinthians, Zé Elias, volante aguerrido e cheio de vontade ofuscou o debute do jovem Ronaldo, que atuava pelo time mineiro. Porém, já no ano seguinte, 1994, Ronaldo era aclamado e participava do fim do jejum brasileiro em Copas do Mundo: Brasil Tetra-campeão! Depois disso a Europa era o caminho natural e foi lá que, seguindo os passos de Romário, fez uma profusão de gols pelo PSV Eindhoven da Holanda e marcou época pelo Barcelona, onde teve atuações fabulosas, chegando a ser comparado com o mito Pelé. Ali teve seu primeiro revés, quando machucou o joelho e ficou parado por bastante tempo. Mas mostrou-se lutador e deu a volta por cima, chegando à Copa de 1998 como melhor jogador do mundo e grande esperança brasileira. O script era perfeito, o Brasil chegava à decisão e enfrentaria a França: uma ótima oportunidade de se eternizar. No entanto, uma convulsão horas antes da partida fez com que Ronaldo entrasse em campo um tanto quanto grogue e o escrete brasileiro meio que sem norte. O resultado final foi desastroso: a França venceria o Brasil por 3x0, e começaria a escrever o nome de Zinedine Zidane como imortal do futebol. Naquele momento Ronaldo passou por uma das piores crises de sua carreira, com a opinião pública jogando em suas costas a culpa pela perda do penta-campeonato e os fãs colocando em cheque a sua seqüência como grande jogador. Veio então a transferência para a Inter de Milão, clube italiano que vivia às sombras de Milan e Juventus. Marcou muitos gols e foi aclamado como Fenômeno pela torcida, mas novamente uma contusão no joelho o tirava de campo. A Copa de 2002 se aproximava e Ronaldo era dado como carta fora do baralho das grandes estrelas pela imprensa internacional. Mas novamente o guerreiro ressurgiu e conseguiu dar a volta por cima. Desde que o polonês Lato marcara 7 gols na Copa de 1974 nenhum outro homem conseguia a artilharia de uma copa com mais de 6 gols. Aquele mesmo Ronaldo que saíra como grande derrotado da Copa de 1998 e entrava como mero coadjuvante na Copa da Ásia, sairia como grande nome do torneio. Ronaldo foi penta-campeão, arrebatou a artilharia da copa, com 8 gols e foi apontado como craque da competição. Verdadeiramente fantástica a volta por cima do Fenômeno. Com isso os olhos do grande Real Madrid cresceram para cima dele e a equipe dos galáticos, como era conhecida, tirou Ronaldo da Inter. Foram algumas temporadas com um numero considerável de gols, mas também de contusões. Em 2006, Ronaldo se despediria das copas. Acima do peso e contestado o artilheiro faria poucos bons lances no torneio, mas marcou 3 gols e totalizou 15, se consolidando como maior artilheiro da história das copas. Depois da Copa da Alemanha o Milan resolveu apostar na contratação do grande Ronaldo, mas o que se viu foram poucos lampejos da sua genialidade. A constante luta contra a balança e a sensível desmotivação impossibilitaram que o seu enorme futebol fluísse. Veio então mais uma contusão e a continuidade da carreira voltou a ser questionada. O Fenômeno então fez a sua recuperação no Flamengo, clube que fazia juras de amor. Mas embora dissesse amar a equipe da Gávea acabou acertando com o Corinthians. No início tudo foram flores. Com belíssimas atuações foi protagonista da conquista do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil no ano de 2009. Mas como nos últimos anos, a luta contra a balança passou a ser o grande vilão. As grandes atuações passaram a ser raras e a imprensa passou a publicar cada vez mais fotos que mostravam a sua forma distante da de um atleta. A queda na Libertadores de 2010 diante do Flamengo, a perda melancólica do Campeonato Brasileiro do mesmo ano e a desclassificação na Pré-Libertadores de 2011 foram a gota d’água. A torcida começou a se revoltar e pedir a sua saída; manifestações violentas o intimidavam e o craque colocou tudo na balança. Terminava aqui a carreira de um autêntico herói do esporte brasileiro. Que o final sem capítulo feliz não manche a carreira deste craque que tão bem defendeu as cores verde e amarela. Ronaldo foi daqueles em que a camisa da seleção caiu como uma luva. Nunca se viu Ronaldo sem motivação com a camisa canarinho. Quem é que não se lembra daquele 3x1 contra a Argentina no Mineirão pelas Eliminatórias da Copa de 2006 (Ronaldo marcos os 3 de pênalti), ou dos dois gols na final da Copa de 2002? Ronaldo foi sim um fenômeno e merece ser lembrado como tal. Parabéns Ronaldo, a saudade que vai ficar nunca poderá ser sanada, mas o orgulho e a gratidão de um povo também nunca será apagada!

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