O Senado Federal votou na manhã de hoje (12) a favor da abertura do Processo de Impeachment da Presidente Dilma Rousseff (PT) - a votação aconteceu após uma extensa reunião, que teve início por volta das 10h de ontem (11), e só terminou às 6h da manhã desta quinta-feira.

A maioria simples - 40 senadores - já referendaria a abertura do processo, mas uma ampla maioria votou a favor, construindo um acachapante placar de 55 x 22 - um voto a mais do que será necessário para a concretização do impeachment quando da votação final.

O senador Fernando Collor de Mello - vinte e quatro anos após experimentar na pele o que hoje vive Dilma Rousseff, abriu seu discurso afirmando que a República está em ruínas.

“Não foi por falta de aviso; desde o início do governo fui a interlocutores de Dilma. Sugeri que Dilma pedisse desculpas por tudo o que ocorreu na campanha eleitoral; alertei sobre a possibilidade de Dilma sofrer impeachment", afirmou. "Fizeram ouvidos de mercador".

A partir de agora, a chefe de Estado fica oficialmente afastada do cargo enquanto aguarda julgamento por um período máximo de 180 dias.

Com isso, assume o vice-presidente Michel Temer (PMDB). O peemedebista fica na cadeira por todo o período de afastamento e espera o resultado do processo de impeachment. Se absolvida, Dilma retorna imediatamente ao posto. Em caso de condenação, perde o cargo para o peemedebista em definitivo.

O fato é que o Brasil passa por uma de suas maiores crises, assolado por dívidas e imerso na má gestão dos recursos públicos e na corrupção endêmica que invade o país como um todo, e mais do que nunca é necessário que as instituições voltem a funcionar a favor do povo e não em detrimento dele.

Passamos hoje por um momento em que não devemos, de norte a sul, leste a oeste, empunhar bandeiras partidárias, mas exigir de nossos eleitos, que enverguem a bandeira do Brasil. A justiça se encarregará de separar o joio do trigo, de punir os maus gestores e aqueles que eventualmente tenham lesado a nação.

Que dias melhores possam vir!